9 de jan. de 2011
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Foto: Wilson Gomes |
Ônibus da empresa Loiola, única que mantém transporte de passageiros em Sobral. A tarifa que passou de R$ 1,20 para R$ 1,40 desagradou usuários dos coletivos
Município de Sobral não controla preços dos ônibus da única empresa que faz transporte de passageiros na cidade
Sobral. O aumento da tarifa da passagem de R$ 1,20 para um R$ 1,40 nos coletivos urbanos da Empresa Loiola, que liga o Bairro Sinhá Saboia ao Centro desta cidade, tem causado revolta aos usuários da única linha de transporte urbano feito por ônibus na cidade. Eles protestam pela forma arbitrária, sem aviso prévio, sobre o reajuste. "Eles aumentam mas não melhoram as condições dos ônibus, que continuam com uma frota sucateada" diz o morador da Cohab 1, Benedito Rodrigues Cardoso.
Difícil também é encontrar quem determina o reajuste no valor da tarifa a ser cobrado aos usuários dessa linha, em operação há mais de 20 anos. A secretária Juraci Neves, da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Splam), explica que, como se trata de uma empresa particular, o Município não detém o gerenciamento, cobra apenas uma taxa de licenciamento que permite a empresa atuar como meio de transporte coletivo.
Na avaliação da secretária, seria necessário o Município entrar com uma contrapartida para garantir o direito de determinar o menor valor a ser cobrado no preço da passagem.
Situação que só poderá existir quando houver a implantação do metrô de superfície e do sistema de transporte urbano rodoviário, este ainda em fase de estudo. O metrô de superfície de Sobral é um empreendimento concebido pelo Governo do Estado, por meio da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, vinculada à Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), em parceria com o Ministério das Cidades, através da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Segundo o procurador do Município, Clito Carneiro, deverá entrar em breve na fase de desapropriação de algumas áreas que receberão os trilhos do futuro meio de transportes da cidade.
Sobre o reajuste da tarifa de ônibus, Clito Carneiro entende que o reajuste só deveria ter acontecido após uma consulta prévia ao Município. "Como se trata de empresa com fins lucrativos, sabemos que não pode ter prejuízo, mas o reajuste não pode ser acima de 10%, dos gastos que a empresa venha a ter com folha de pagamento, manutenção da frota, entre outros. Por ser um serviço que atende ao público, principalmente os mais carentes, o Município tem que ser consultado sobre quanto deve ser cobrado por esse tipo de serviço", afirma ele.
Consulta que os mototaxistas, outro tipo de meio de transporte oferecido à população, fizeram e, mesmo sem consentimento do Município, alguns resolveram, por conta própria, aumentar de R$ 2,00 para R$ 3,00, o preço da corrida dentro do perímetro urbano, para bairros mais distantes. "A nossa orientação é a de que o usuário não pague esse valor. Quando cobrado o valor acima de R$ 2,00 sem o consentimento do usuário, o mesmo deve denunciar para que providências sejam tomadas", alerta ele.
De acordo com Jonas Linhares, fiscal da linha de ônibus Sinhá Sabóia/Centro, da Empresa Loiola, cerca de 1,5 mil pessoas são transportadas por dia nos quatro coletivos que fazem um percurso de 20km entre o bairro mais populoso da cidade e o Centro, entre 6h e 23h.
Com quase 190 mil habitantes, Sobral é servida também por sistema de mototáxis, formado por 635 motoqueiros cadastrados e licenciados. A população tem buscado alternativas para fugir do reajuste de preço, utilizando motoqueiros não credenciados, conhecidos como "mototaxista pirata".
Enquete
O que achou do aumento da tarifa?
"Eles aumentam o preço da passagem mas não melhoram as condições dos ônibus, que continuam com uma frota sucateada"
Benedito Rodrigues CardosoAuxiliar de produção
"Não sou usuário assíduo desta linha, por isso não sinto tanta diferença nesses reajustes do preço da passagem"
Francisco Ferreira PonteMotorista
"A gente reclama porque o salário não subiu tanto. Mas de nada adianta. Daqui a pouco o povo se acostuma com mais essa alta"
José Adauto JuliãoAuxiliar de produção
NOTA: A matéria mostra que não somos os únicos prejudicados, nem os unicos preocupados com a situação. No entanto, o maior problema é que quem não depende do ônibus para se deslocar não se interessa com o abuso no aumento. Como diz aquele velho ditado "pimenta nos zói dus otru é refrescu". Olha o que diz o Sr. Francisco Ferreira Ponte aos jornalista: "Daqui a pouco o povo se acostuma com mais essa alta"? Obrigado pelo apôio aí "chiquim". Perdeu uma oportunidade para ficar calado!